A OSCIP Guerreiros da Inclusão, representada por sua presidente Sheila Melo, participou ativamente da manifestação contra o fechamento de escolas especiais para surdos e cegos que aconteceu em 31 de março, na Cinelândia, Rio de Janeiro.
Leia abaixo:
MEC nega fechamento de escolas especiais
Ministro desautoriza diretora que anunciou o fim do ensino para surdos e cegos; inclusão entra na pauta da Câmara em Brasília
O Ministério da EDUCAÇÃO (MEC) informou que desautoriza o anúncio feito pela diretora nacional de Políticas Educacionais Especiais do MEC, Martinha Claret, sobre o fechamento, até o fim do ano, do Colégio de Aplicação do Instituto Nacional de Surdos (Ines), em Laranjeiras, e do serviço de ensino fundamental para deficientes visuais do Instituto Benjamin Constant, na Urca.
O ministro da EDUCAÇÃO, Fernando HADDAD, convocou as direções das duas instituições cariocas para uma reunião terça-feira em Brasília. Segundo o MEC, o encontro servirá para desfazer o mal-entendido criado pela declaração de Martinha. Cerca de 800 crianças e jovens das duas instituições recebem os serviços especiais, do maternal ao ensino médio.
Câmara convoca HADDAD para discutir inclusão:
A repercussão negativa da possibilidade de interrupção dos serviços fez a Comissão de EDUCAÇÃO da Câmara dos Deputados colocar em pauta na próxima terça-feira a convocação do ministro HADDAD. A intenção é discutir a política de inclusão de alunos com necessidades especiais nas redes públicas municipais e estaduais.
Na Defensoria Pública da União no Rio, o defensor André Ordacgy informou que irá instaurar um procedimento investigatório para analisar a situação do Ines e do Benjamin Constant.
– Os colégios públicos e também os privados não estão preparados para receber os alunos com necessidades especiais, tanto na questão de acessibilidade quanto pedagógica. Já temos ações nesse sentido – informa o defensor público da União.
Está prevista para hoje, às 10h, na Cinelândia, uma manifestação com entidades representativas de pais e de alunos com necessidades especiais contra a possibilidade de fechamento das duas instituições.
– Queremos igualdade de oportunidades, mas a inclusão não ocorre de fato, pois não se colocam as tecnologias necessárias – conta a presidente da ONG Guerreiros da Inclusão, Sheila Melo, uma das organizadoras da manifestação. – Há alunos surdos, por exemplo, que não têm tradução simultânea em Língua Brasileira de Sinais (Libras) das aulas.
Prefeitura nega falta de intérpretes em escolas:
Kátia Nunes, diretora do Instituto Helena Antipoff, centro de referência de EDUCAÇÃO especial da prefeitura, nega que haja alunos surdos sem acompanhamento por intérprete na rede municipal:
– Nos efetivamos o direito do acesso às crianças com necessidade especial à escola. Elas passam por avaliação pedagógica e têm seu encaminhamento garantido ao colégio escolhido pelo pai do aluno, com professor e intérprete adaptado às necessidades deles.
Kátia garantiu que há intérprete para Libras em número suficiente. A rede municipal tem 9.923 alunos com necessidades especiais, sendo 4.508 em salas especiais.
FONTES:
http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/03/30/mec-nega-fechamento-de-escolas-especiais-para-surdos-cegos-924128550.asp
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/mec-nega-fechamento-de-escolas-especiais
http://extra.globo.com/noticias/rio/mec-nega-fechamento-de-escolas-especiais-para-surdos-cegos-1460337.html
http://www.todospelaeducacao.org.br/comunicacao-e-midia/educacao-na-midia/14530/mec-nega-fechamento-de-escolas-especiais
http://anacarolinafrank.blogspot.com/
http://www.jusbrasil.com.br/noticias/2628619/mec-nega-fechamento-de-escolas-especiais